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Parabéns pelos vossos trabalhos. Vocês são os melhores alunos do mundo!
Joana (5ºE)
A Lepra é uma doença transmissível, causada por uma bactéria. Afecta maioritariamente a pele e os nervos. Ela progride lentamente com uma média de período de incubação de 3 anos. A lepra pode afectar todas as idades e ambos os sexos. A lepra pode ser curada. A MDT mata a bactéria e pára a transmissão da doença. O doente de lepra pode levar uma vida completamente normal.
Quando detectado cedo e tratado com MDT, a lepra não deixará deformidades.
Paulo Flávio (5ºI)
Raoul Follereau, O amigo dos leprosos Nasceu a 17 de Agosto de 1903, em Nevers, França, numa família de industriais. Jovem jornalista e poeta, anti-nazi e defensor de uma França livre, viu-se perseguido, como tantos outros, pela polícia militar nazi.
Em 1936, tinha então 33 anos, Follereau toma contacto com os leprosos durante um safari em África. A partir desse momento, a sua vida mudou. No entanto, não foi fácil começar a manifestar essa amizade pelos leprosos e a curá-los, pois logo surgiu a II Guerra Mundial e teve de se esconder num convento de religiosas em Lyon, onde fazia de jardineiro, embora não soubesse nada de jardinagem.
Um dia, a Madre Maria Eugénia, superiora do convento, visitou uma ilha de leprosos na Costa do Marfim e, impressionada com o que acabava de ver, pensou em construir uma pequena cidade, onde os leprosos pudessem viver e ser curados. Mas era preciso dinheiro. Então Raoul disse à religiosa: «Avance com o projecto, que no dinheiro penso eu».
Decidiu percorrer o mundo inteiro a fazer conferências para sensibilizar as pessoas para o problema da lepra. O sonho das religiosas tornou-se realidade. Em 1953 era inaugurada em Adzopé uma cidade onde os leprosos podiam ser tratados e curados. Quando Raoul se aproximava dos leprosos, estes ficavam inicialmente um pouco desconfiados. Mas depois compreendiam que era apenas o amor dele que o levava junto deles. Então gritavam de alegria: “Pai Raoul”.
Durante as suas viagens, contou sempre com o apoio da sua mulher Madalena, para construir aquilo a que ele chamava “ A civilização do Amor”. Raoul Follereau morreu, em Paris, a 16 de Dezembro de 1977. Dizia muitas vezes:
“Ser feliz é fazer os outros felizes.”
“O tesouro que eu vos deixo é o bem que não fiz, que teria querido fazer e que vós fareis depois de mim.”
No último domingo de Janeiro de cada ano celebra-se o Dia Mundial dos Leprosos, instituído pela ONU em 1954, a pedido de Raoul Follereau. É que a lepra, sendo hoje em dia uma doença curável, nem por isso deixou de ser perigosa já que há largos milhares de doentes que, por falta de recursos materiais e humanos, não têm acesso aos tratamentos necessários.
A extrema pobreza e miséria em que muitos vivem justifica que, por dia, surjam ainda 2.000 novos casos de pessoas afectadas pela doença.
Paulo Maia (5ºB)
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Receita de Ano Novo

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)

Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
(Carlos Drummond de Andrade)